quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Deputados e Assembleia da Republica

E ainda a respeito da ausência dos nossos representantes na Assembleia da República.
Ficaram suas Excelências muito indignadas com o que se disse a esse respeito na Comunicação Social. Que era demagogia, que não dignificava o Parlamento, que aquilo e acoloutro. Mas então não são os deputados que devem em primeiro lugar dignificar o Parlamento, respeitando assim quem os elegeu e lhes pagam salarios e mil e uma benesses que advem dos seus cargos?
Ouvi ainda num debate televisivo um senhor deputado, defendendo que os deputados não deviam estar a tempo inteiro. Ele próprio tinha outros afazeres. Pensava eu (santa ignorância) que a principal ocupação quando eram eleitos era representarem-nos no Parlamento e aí desenvolverem a sua actividade. Mas pelo que disse o referido deputado, parece que foram eleitos para um part-time. Será que o meu patrão me deixa trabalhar em part-time quando represento a sua empresa ao mais alto nivel?
E depois queixam-se da abstenção. Para eleger deputados destes e partidos que fazem promessas que depois nunca cumprem... ou antes aquelas que prejudicam o povo são sempre cumpridas. Ora façam-me o favor... vão-se catar para muito longe onde eu não possa ver parasitas.
A maior parte dos deputados passam toda a legislatura sem abrir o bico e muitas vezes sem saberem o que lá andam a fazer, excepto votarem segundo as directivas e ordem do partido que representam e puxar o lustro às cadeiras da nossa Assembléia da República. Quando não passam de um coiro de "muito bem" ou do "uuuuu" quando fala o membro da sua bancada ou dos partidos concorrentes. Sem falar nos debates, que são ridiculos e tão vazios... onde só vigora a retorica barata e sem nexo.

Já agora uma sugestão:
Como estamos em contenção de despesas e os senhores deputados acham que ganham mal, que tal reduzir o número dos mesmos e distribuir o dinheiro pelos que ficam?
Pode ser (talvez...) que assim se dediquem ao trabalho.
Já agora uma pergunta: Quando se candidataram não sabiam já quais as condições da sua futura função? Ou queriam era mais um complemento de rendimentos e os eleitores que paguem aos part-timers que fazem o seu "trabalho" no Palácio de São Bento no estilo de corredor de fim de semana que só corre por desporto (pena estes corredores não receberem um salário de um part-timer deputado... de certeza mais "rosas motas" e "fernandos mamedes" iriam surgir no atletismo) só que ao invés de usarem fato de treino, usam fato com gravatinha que sempre dá um ar de importancia e falsa competencia.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Governo, falta de médicos e fecho de hospitais

Gostaria de reflectir sobre as medidas deste governo. Vou falar sobre o fecho das maternidades. Aceito que algumas possívelmente teríam que fechar... mas tantas é que não se compreende.
O ministro alegou falta de condições... porque que não se criam as condições? Alegam falta de médicos... Aumente o número de vagas para os cursos de medicina (mesmo que isso implique lutar contra o lobby da ordem dos médicos). Assim, já mais jovens conseguem entrar para Medicina e assim talvez no futuro não seja necessário virem médicos estrangeiros para nos tratar. E poupa-se o dinheiro que muitos pais pagam para os filhos irem estudar Medicina no estrangeiro.
O sr. Ministro deve estar habituado a viajar só em auto-estradas e esquece-se que no interior as populações não fazem as contas aos quilómetros mas sim ao tempo que levam. Há estradas entre duas localidades que embora não tenham grandes distancias entre si, levam muito tempo a percorrer esses caminhos. O sr. Ministro tão preocupado com as grávidas, como fica quando elas tem de percorrer estradas morosas para chegar a uma maternidade? Aí já não há perigo para as grávidas? E a ideia peregrina de se irem ter os filhos a Espanha? Olhe já agora registem-nos em Espanha pois sempre terão um futuro melhor.
Tanta coisa que vem de fora, não poderíamos importar politicos competentes para nos governarem (não para se governarem a eles) já que a prata da casa é a porcaria que se vê? Deviamos derreter esta prata e cunhar uma nova geração de pessoas honestas, competentes e dedicadas ao invés de marketeiros de marketing politico da treta.