segunda-feira, 22 de março de 2010

O Museu do Café

Situado no Alentejo, em Campo Maior, à saída da povoação na direcção de Portalegre, num dos complexos industriais da "Delta - Cafés", está instalado o Museu do Café.
Este é um dos muitos investimentos do Sr. Comendador Nabeiro, onde se encontram, entre outras coisas, uma colecção de máquinas de café desde as primeiras às mais actuais, chávenas, torradores, e outros artefactos que foram sendo usados através dos tempos, desde a colheita, até ao consumo do café.
Não se pode dizer que o museu seja grande ou tenha um valor histórico siginificativo, mas a simpatia de quem lá trabalha supera tudo isso. Pela forma simpática e acolhedora como somos recebidos vale a pena fazer uma visita.
Quando passarem nas redondezas, visitem o Museu do Café.
Garantidamente não será uma perda de tempo e será tempo de prazer depois degustar uma chávena de café.

domingo, 21 de março de 2010

Pensamentos e esclarecimentos

Esclarecimento à população (Ninguém vai ler isto a não ser os poucos que chegam a este blog por pesquisas enganadas, mas não interessa, já são um bocadinho de população).

Primeiro - Sempre que tocar nas teclas imaculadas do meu mais que precioso PC, fá-lo-ei sobriamente, e em momento algum mancharei a divina Internet com rasgos de embriagues.

Segundo - Os erros e acentos mal colocados são conscientes e propositados.

Terceiro - Nunca leia nada disto se estiver bem disposto. Estudos comprovam, o dia tende a piorar.

Descobri este poço de alegria há bem pouco tempo, mas sei que aqui se pretende falar de tudo, e se for preciso mais alguma coisa, certo?
Pois bem, é que andava mesmo a necessitar de vomitar (não literalmente, o meu objectivo não é sujar ninguém) uma quantidade de coisas que me enchem o cérebro. Como este não é muito grande, temo que rebente. Por isso, viva os blogs, e que o vomitanço comece!

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Deputados e Assembleia da Republica

E ainda a respeito da ausência dos nossos representantes na Assembleia da República.
Ficaram suas Excelências muito indignadas com o que se disse a esse respeito na Comunicação Social. Que era demagogia, que não dignificava o Parlamento, que aquilo e acoloutro. Mas então não são os deputados que devem em primeiro lugar dignificar o Parlamento, respeitando assim quem os elegeu e lhes pagam salarios e mil e uma benesses que advem dos seus cargos?
Ouvi ainda num debate televisivo um senhor deputado, defendendo que os deputados não deviam estar a tempo inteiro. Ele próprio tinha outros afazeres. Pensava eu (santa ignorância) que a principal ocupação quando eram eleitos era representarem-nos no Parlamento e aí desenvolverem a sua actividade. Mas pelo que disse o referido deputado, parece que foram eleitos para um part-time. Será que o meu patrão me deixa trabalhar em part-time quando represento a sua empresa ao mais alto nivel?
E depois queixam-se da abstenção. Para eleger deputados destes e partidos que fazem promessas que depois nunca cumprem... ou antes aquelas que prejudicam o povo são sempre cumpridas. Ora façam-me o favor... vão-se catar para muito longe onde eu não possa ver parasitas.
A maior parte dos deputados passam toda a legislatura sem abrir o bico e muitas vezes sem saberem o que lá andam a fazer, excepto votarem segundo as directivas e ordem do partido que representam e puxar o lustro às cadeiras da nossa Assembléia da República. Quando não passam de um coiro de "muito bem" ou do "uuuuu" quando fala o membro da sua bancada ou dos partidos concorrentes. Sem falar nos debates, que são ridiculos e tão vazios... onde só vigora a retorica barata e sem nexo.

Já agora uma sugestão:
Como estamos em contenção de despesas e os senhores deputados acham que ganham mal, que tal reduzir o número dos mesmos e distribuir o dinheiro pelos que ficam?
Pode ser (talvez...) que assim se dediquem ao trabalho.
Já agora uma pergunta: Quando se candidataram não sabiam já quais as condições da sua futura função? Ou queriam era mais um complemento de rendimentos e os eleitores que paguem aos part-timers que fazem o seu "trabalho" no Palácio de São Bento no estilo de corredor de fim de semana que só corre por desporto (pena estes corredores não receberem um salário de um part-timer deputado... de certeza mais "rosas motas" e "fernandos mamedes" iriam surgir no atletismo) só que ao invés de usarem fato de treino, usam fato com gravatinha que sempre dá um ar de importancia e falsa competencia.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Governo, falta de médicos e fecho de hospitais

Gostaria de reflectir sobre as medidas deste governo. Vou falar sobre o fecho das maternidades. Aceito que algumas possívelmente teríam que fechar... mas tantas é que não se compreende.
O ministro alegou falta de condições... porque que não se criam as condições? Alegam falta de médicos... Aumente o número de vagas para os cursos de medicina (mesmo que isso implique lutar contra o lobby da ordem dos médicos). Assim, já mais jovens conseguem entrar para Medicina e assim talvez no futuro não seja necessário virem médicos estrangeiros para nos tratar. E poupa-se o dinheiro que muitos pais pagam para os filhos irem estudar Medicina no estrangeiro.
O sr. Ministro deve estar habituado a viajar só em auto-estradas e esquece-se que no interior as populações não fazem as contas aos quilómetros mas sim ao tempo que levam. Há estradas entre duas localidades que embora não tenham grandes distancias entre si, levam muito tempo a percorrer esses caminhos. O sr. Ministro tão preocupado com as grávidas, como fica quando elas tem de percorrer estradas morosas para chegar a uma maternidade? Aí já não há perigo para as grávidas? E a ideia peregrina de se irem ter os filhos a Espanha? Olhe já agora registem-nos em Espanha pois sempre terão um futuro melhor.
Tanta coisa que vem de fora, não poderíamos importar politicos competentes para nos governarem (não para se governarem a eles) já que a prata da casa é a porcaria que se vê? Deviamos derreter esta prata e cunhar uma nova geração de pessoas honestas, competentes e dedicadas ao invés de marketeiros de marketing politico da treta.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

A sorte de um trevo com Quatro Folhas

Sorte todos queremos ter na vida. Mas a histeria a roçar a loucura completa e colectiva de todos os portugueses a cada Sexta-feira quando existe "jackpot" e jogam pensando que lhes pode sair o euromilhões, é algo indescritível. Mas fica mesmo toda a gente cheia de esperança, eu chamo-lhe o efeito “prozac” do “jackpot” do euromilhões. E o assunto vem sempre à conversa no café e quando falam nisso, os jogadores sorriem e ficam com aquele brilhozinho de felicidade quando pensam que lhes pode sair umas dezenas de milhões de euros. Confesso que até gosto de participar na euforia de sexta-feira de “jackpot” no loto europeu. Sinceramente, acho que uma pessoa que se auto-controla nas apostas, não faz nada de mal em gastar uns euros que não lhe façam falta neste jogo, até porque metade das receitas patrocinam muitas actividades de beneficência promovidas pela Santa Casa da Misericórdia, assim apela-se à ganância do apostador dando-lhe uma dose de esperança de ser milionário e em contrapartida a receita arrecada dá esperança a tantas pessoas que necessitam de ajuda. Alguma vez tantas pessoas dariam tanto dinheiro para caridade de livre vontade? Jogar 2, 4 ou mesmo 10 euros (caso não lhe faça falta o dinheiro) em dia de “jackpot” é um dever nacional, até porque ajudamos a fazer o bem e a manter uma das mais velhas instituições de Portugal.

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa foi criada no dia 15 de Agosto de 1498, no mesmo ano em que os navegadores portugueses alcançaram a Índia por via marítima, ao fim de quase um século de navegações pelos mares do nosso planeta. Devido às necessidades da época (órfãos e órfãs e viúvas de náufragos e mortos em batalha, doentes e deficientes por causa da guerra, das pestes e doenças que proliferavam pelo reino, os abandonados, os pobres e os presos, assim como os pobres envergonhados, que como hoje também existiam antigamente), surgiu a primeira misericórdia portuguesa em resultado de especial intervenção da Rainha D. Leonor, com o total apoio do nosso Rei D. Manuel I. No Século XV tinham como obras:
7 Espirituais, mais orientadas para questões morais e religiosas:
Ensinar os simples;
Dar bom conselho;
Corrigir com caridade os que erram;
Consolar os que sofrem;
Perdoar os que nos ofendem;
Sofrer as injúrias com paciência;
Rezar a Deus pelos vivos e pelos mortos;

7 Corporais, relacionadas sobretudo com preocupações "corporais" do campo das necessidades materiais):
Remir os cativos e visitar os presos;
Curar e assistir os doentes;
Vestir os nus;
Dar de comer a quem tem fome;
Dar de beber a quem tem seja;
Dar pousada aos peregrinos;
Sepultar os mortos;

Mais tarde, em 1783 instituíram a lotaria nacional para financiar as muito nobres actividades desta instituição.

Pela ajuda ao outro que como em 1498 tal como hoje necessitam de assistência e para manter as nossas tradições jogamos uns euros no euromilhões e quem sabe se Deus nos paga com algum prémio por ajudarmos a fazer o bem.